Revista oficial do Correntes d’Escritas nesta edição dedicada à Hélia Correia (foto) - Caxinas Tv
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- 20 de fev. de 2020
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No dia oficial do arranque do certame, para além de serem divulgados os vencedores dos prémios literários do festival foi lançada a revista oficial do evento, desta vez dedicada à escritora Hélia Correia.
Hélia Correia nasceu em Lisboa, em 1949.
Licenciada em Filologia Românica, foi professora do ensino secundário,
dedicando-se actualmente à tradução e à escrita. Sendo também poetisa e
dramaturga, foi enquanto ficcionista que Hélia
Correia se revelou como um dos nomes mais importantes e
originais surgidos durante a década de oitenta, ao publicar, em 1981, O Separar das Águas.
Autora de uma obra de
características muito próprias, quer pela qualidade melódica da sua escrita,
onde se detecta uma sensível contaminação poética, quer pelo universo nela
criado, de características originais e inquietantes, Hélia
Correia cria uma linguagem narrativa onde o aparentemente
banal e o extraordinário ultrapassam por vezes as fronteiras estabelecidas.
Esta espécie de subversão dos limites revela-se nos seus livros, ora criando
rupturas num quotidiano convencional e burguês (como em Soma
ou A Fenda Erótica), ora denunciando a corrupção
das formas de vida mais
tradicionais e ligadas à terra dos camponeses e aldeãos da nossa época (como em Montedemo ou Insânia,
onde a tonalidade finissecular da história é sensível na espécie de veneno que
se insinua em toda a narrativa, contaminando todas as condições de
sobrevivência humana). A sua escrita para teatro tem sido levada à cena por
várias companhias de Lisboa: Montedemo,
numa adaptação, pelo grupo de teatro “O Bando” em 1987, e, já na
década de 90, Perdição, Exercício sobre
Antígona pelo grupo “A Comuna” e Florbela, pelo grupo “Maizum”. O seu romance A Casa Eterna recebeu o Prémio Máxima de
Literatura 2000 e em 2006 recebe o mesmo prémio pelo livro Bastardia.
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