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Polícia Marítima sem meios para patrulhar praias - Caxinas Tv


A Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima garante estar sem meios humanos para conseguir patrulhar e fiscalizar o cumprimento de eventuais medidas de restrição das praias, durante a época balnear, condicionada com o novo coronavirus.

O sindicato dos elementos da Polícia Marítima (PM) acusa António Costa de desconhecer a realidade por ter recentemente afirmado que "as autarquias e as capitanias vão ter de tomar medidas necessárias para que possamos ir à praia sem que se verifique uma aglomeração".

"O Primeiro-ministro endossa a resolução do problema das praias para as autarquias e capitanias, faltando agora saber se as autarquias enviam a sua polícia municipal, e as capitanias enviam os militares da Marinha, sabendo-se que nem uns nem outros possuem competências de força de segurança, nem manutenção de ordem e tranquilidade publicas", alerta a Associação Sócio-Profissional da Polícia Marítima (ASPPM), que garante ter apenas 300 elementos para patrulhar toda a costa portuguesa.

"A PM tem neste momento cerca de 545 profissionais ao serviço no continente e ilhas. Destes profissionais, 10% estão na situação de pré-aposentação na efetividade e 40% prestam serviço no Comando-geral da PM, na Escola da Autoridade Marítima, na Unidade Especial da Polícia Marítima e nos serviços administrativos das Capitanias. Ou seja, sobram pouco mais de 300 polícias para garantir a segurança de mais de 800 km de praias de Portugal", assegura o mesmo comunicado, em que são reclamados mais meios humanos.

Entretanto, a PM anunciou ter realizado 6980 recomendações a 9928 pessoas relacionadas com o cumprimento das medidas impostas para combater a pandemia da covid-19, entre os dias 02 e 18 de abril.

"Das pessoas detetadas em situação de potencial desobediência ao decretado pelo Governo, destacam-se as deslocações ou passeios no Domínio Público Marítimo (8.016 pessoas), permanência em zonas de apoio balnear (992), pesca lúdica (347), prática de desportos de deslize, como o 'surf' ou o 'bodyboard' (318), e náutica de recreio (230)", especificou a Polícia Marítima, em comunicado.

Ainda assim, face a uma abordagem preventiva e "pedagógica", praticamente todas as pessoas cumpriram as indicações da Polícia Marítima e terminaram as atividades, regressando a casa, indicou a autoridade, revelando que apenas registou oito situações que incorreram em crime de desobediência.

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