A nova comandante do Comando Metropolitano do Porto da PSP, Paula Peneda, considerou que a “proliferação de novas formas de criminalidade” está a determinar a necessidade de repensar e identificar novas formas de policiamento.
“A polícia enfrenta, nos dias de hoje, enormes desafios, embora os dados gerais da criminalidade apontem para um decréscimo ao longo dos anos”, sublinhou, referindo-se às novas formas de criminalidade.
A superintendente discursava na cerimónia em que tomou posse como comandante do Comando Metropolitano do Porto da PSP.
Perante a realidade existente, Paula Peneda assumiu que a polícia tem de se posicionar promovendo as mudanças exigidas pelo contexto.
Em matéria de crimes, a nova comandante realçou que os crimes contra o património, onde se incluem os furtos, continuam a ser os mais representativos com mais de metade das participações.
A seguir estão os crimes contra as pessoas, designadamente a ofensão à integridade física, violência doméstica e ameaça e coação, acrescentou.
“A problemática do terrorismo e da disrupção das infraestruturas críticas assumem, nos dias de hoje, atenção redobrada alicerçada em mecanismos de cooperação institucional”, sublinhou.
Paula Peneda adiantou que o distrito do Porto, juntamente com o de Lisboa e Setúbal, representam juntos cerca de 50% da criminalidade registada.
“Não terá vida fácil”, reconheceu o diretor nacional da PSP, Magina da Silva, que também tomou posse há cerca de um mês.
Destacando o facto de ser a primeira mulher a assumir a liderança de um Comando Metropolitano, Magina da Silva lembrou que o do Porto, que agora assume, é o segundo maior em termos territoriais e de efetivos, daí ser uma missão ainda “mais exigente”.
Depois do secretário de Estado da Administração Interna ter anunciado, há menos de um mês, que o Governo pretende fazer uma reorganização dos dispositivos da PSP no Porto e em Lisboa e vai pedir a esta polícia que se pronuncie sobre a rede de esquadras, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, lembrou que uma resposta “rápida e competente” não passa por mais esquadras abertas.
A este propósito, Eduardo Cabrita notou que o município do Porto tem mais esquadras abertas do que Bruxelas, Madrid ou até Paris, embora registe menores níveis de prática de crime.
Esta reformulação será sempre feita em diálogo com o autarca local, garantiu.
Paula Peneda é licenciada em Ciências Policiais pelo Instituto Superior de Ciências Policiais e Segurança Interna, tendo frequentado uma pós-graduação em Ciências Criminais pela Universidade Moderna de Lisboa.
A superintendente desempenhava o cargo de oficial de ligação da PSP junto do Ministério da Administração Interna, depois de ter sido oficial de ligação junto da Embaixada de Portugal em Marrocos.
Além disso, desempenhou cargos como o de comandante do Comando Distrital de Santarém, diretora-geral do Gabinete Coordenador da Segurança Escolar, 2.º comandante do Comando Metropolitano de Lisboa (em substituição) ou chefe de Área de Administração e Apoio Geral do Comando Metropolitano de Lisboa.
Paula Peneda sucede a Paulo Lucas, nomeado comandante da Unidade Especial de Polícia (UEP).
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